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A sensibilidade na comunicação

Em todo o trabalho e também na vida pessoal, a sensibilidade deixa sua marca, diferencia algumas pessoas. Aquela reportagem que te toca, geralmente é feita por alguém sensível, que não se deteve ao básico, ao técnico, a dar voz ao que é corriqueiro e dominante, pois às vezes o que marca e fica na memória é justamente o diferente e o invisível.


O atendimento que marca no comércio, em uma empresa, em uma universidade é aquele em que existiu empatia (o atendente colocando-se no nosso lugar, nos deixando à vontade). A empatia está ligada à sensibilidade, se não for assim, é mera hipocrisia.


O que podemos dizer da sensibilidade na comunicação? Ela é um elemento que se liga à criatividade (na verdade alguns autores consideram uma coisa só) e propicia criarmos conteúdos, processos ou produtos com técnica, mas sobretudo com emoção/alma. Faz arrepiar, querer ver mais, querer repetir. Por que um vídeo super produzido/elaborado, às vezes, não tem a mesma repercussão de algo caseiro? Talvez falte aquele olhar humano, falta aquele detalhe que faz com a gente se identifique, falta aquele desabafo, falta aquela risada natural. Prova disso é que as marcas sabem que precisam produzir conteúdos com um olhar para o cotidiano, para as coisas simples, que falem de vida, de dia a dia, obviamente sem descuidar de elementos preconizados no âmbito profissional e mercadológico.


Claro que estamos diante de pretensões maiores. O pano de fundo pode não ser a emoção, é a venda, o lucro, mas muitos conteúdos conseguem fazer o ser humano pensar em algo, sair do lugar, provocar reflexão e isso não pode ser desmerecido.


A sensibilidade faz com que nossa percepção para as coisas aumente. E na comunicação isso tem um peso diferente. Que história eu posso contar disso que eu vivi? Que história este evento pode trazer? Grava esse áudio, pois pode ser utilizado em uma matéria de rádio. Filma esta paisagem, está linda. Tira uma foto desse objeto, vai ficar linda em um card para as redes. Aproveita essa letra de música linda e faz uma reflexão. Nossa, são tantas ideias, é tanta coisa, que poderíamos passar dias escrevendo.


A sensibilidade é algo um tanto inexplicável. É natural, não é forçada. Uns são mais sensíveis, outros menos. Mas o exterior também é importante para despertar/aflorar esse lado sensível. A cidade deve ser aberta e tolerante, por exemplo. Ainda, devemos ser incentivados, dia a dia, pelas pessoas do nosso convívio. Não para definir nossos caminhos, mas para dizer: ‘vai firme’, ‘não tenha vergonha’, ‘não dá bola para o que os outros vão achar’. É bom saber que alguém está torcendo, não importa ‘as ganhas’ e ‘as perdidas’.


Por isso, incentive pessoas, acolha suas ideias/pensamentos, converse. Nada é feio, tudo é válido, desde que não faça mal a ninguém.


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