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Foto do escritorSô Canterle

Saudável e em alta: entrevista sobre Aromaterapia mostra os benefícios da técnica

Com a pandemia e o distanciamento social, estamos tendo conhecimento de casos de crises de ansiedade, estresse, alterações no humor, insônia etc. Porém, mesmo em 1 cenário difícil, é possível encontrarmos, tanto em âmbito pessoal quanto profissional, novas alternativas para nossa saúde e bem-estar. Uma das técnicas em alta é a Aromaterapia. Ela extrai das plantas os óleos essenciais através de destilação. Versáteis, estes óleos cheirosos e benéficos podem ser utilizados em tratamentos físicos, emocionais e energéticos.


Pela importância do tema e pelos benefícios que a informação sempre traz para nossa vida, confira a entrevista que realizei com a Enfermeira e Aromaterapeuta, Letícia Martins Machado, sobre o assunto.



A Aromaterapia é uma técnica natural, que utiliza o aroma e as partículas liberadas por diferentes óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro. Apesar de estar sendo bem difundida na mídia atualmente, até por estarmos em um período de intensidade de conteúdo em redes sociais, a Aromaterapia é uma prática integrativa e complementar em saúde que contribui com o equilíbrio físico e emocional há séculos. Hoje, mais do que nunca, ela é uma importante aliada para buscarmos harmonia.


SÔ: Como tu definiria a Aromaterapia, especialmente se for dizer às pessoas para que ela serve e como podemos usar os óleos essenciais?

LETÍCIA: O uso de óleos essenciais pela humanidade é milenar. No entanto, o uso dele na Aromaterapia como vemos hoje, tem menos de um século.

Definiria a Aromaterapia como uma prática que une os benefícios químicos e energéticos dos óleos essenciais a integralidade do ser humano, ao personalizarmos cada tratamento para cada indivíduo num dado momento de sua vida.


SÔ: Percebo que quem utiliza da prática é chamado de interagente. Por que esta é a melhor definição?

LETÍCIA: Interagente denota uma postura mais ativa da pessoa diante de seu tratamento na Aromaterapia. O Aromaterapeuta elabora as sinergias, mas a pessoa precisa se envolver, usar de fato como recomendado e estar inteiramente aberta para sentir, experienciar o efeito dos óleos essenciais em seu dia a dia. Também, o termo interagente chama a atenção para que a pessoa “interaja” consigo mesma, que não tenha medo de se observar e observar as atitudes diante das suas relações cotidianas.

Como a Aromaterapia oferece um recurso terapêutico sutil, nós precisamos de pessoas interagentes: interagente com os óleos essenciais, interagente com o Aromaterapeuta, mas principalmente, interagente com sua própria vida.


SÔ: Há quanto tempo tu trabalha com o tema, tanto de forma teórica quanto prática? Quais os benefícios para tua vida pessoal/profissional?

LETÍCIA: Iniciei o curso de formação há dois anos e desde então venho me aprofundando nas leituras e praticando. Conhecer a Aromaterapia foi um passo importante para mim enquanto pessoa em primeiro lugar, pois como a maioria (se não, todas) das PICS, ela nos instiga a ter um olhar mais sutil, sensível sobre as coisas da vida. Profissionalmente, não me dedico 100% a Aromaterapia, mas consigo trabalhar com ela em paralelo as minhas atividades docentes e na própria Universidade em eventos e trabalhos acadêmicos. Pessoalmente, sou interagente de uma colega Aromaterapeuta. Como a Aromaterapia pode nos instigar ao autoconhecimento, penso que serei uma eterna interagente...


SÔ: Que produtos e acessórios podemos estar utilizando para a prática?

LETÍCIA: O produto básico desta prática são os óleos essenciais. Eles podem ser diluídos em produtos sintéticos, no entanto eu trabalho apenas com bases neutras, que podem ser base creme, perfume ou óleo vegetal.

Como acessórios, temos os difusores de ambiente, os quais se apresentam em muitos modelos e preços, mas para fins de tratamento, o difusor elétrico simples de tomada é o suficiente. Também podem ser usados os difusores pessoais, na forma de colar, inaladores e toda a parte de vidraria, nas quais entrego o produto diluído e pronto para uso, ao interagente.


SÔ: Por ser uma prática natural as pessoas imaginam que não tenhamos que observar cuidados. Quais tu citaria?

LETÍCIA: Sim, é com base em produto natural, porém, são substâncias químicas. Basicamente, cuidamos a faixa etária e a condição do interagente. Com crianças, idosos, lactantes e gestantes sempre temos muita cautela em utilizar os óleos essenciais. Depois, cuidamos questões relacionadas a condição clínica do interagente: possui diagnóstico de doença? Se sim, quail(s)? Faz uso de medicações? Qual(s). Estas questões são investigadas na anamnse sempre feita antes de qualquer prescrição aromaterapêutica. Após o interagente já estar com o tratamento em mãos, sempre ressalto cuidados específicos: armazenagem adequada do frasco com a sinergia, modo de uso, atenção a reações alérgicas são alguns cuidados.


SÔ: Já vi que você participou de palestras, proferindo fala sobre o assunto. Na tua opinião, quais são as principais dúvidas das pessoas? E quem quiser saber mais sobre o assunto, onde pode buscar informação, já que hoje temos informação chegando de vários meios/formas?

LETÍCIA: A principal dúvida é “Que óleo é bom para...”, ou seja, a tendência é sempre de procurar uma receita específica para um problema de saúde determinado. Porém, isto não existe na Aromaterapia, pois um óleo pode possuir dezenas de indicações, a depender do modo de uso, concentração ou combinação que fizemos. Por isso, sempre partimos da anamnese para a escolha do melhor óleo essencial naquele momento. Exemplificando: uma pessoa pode procurar um óleo essencial para tratar a insônia. Porém, se sua insônia deve-se a ansiedade, precisamos primeiro olhar para a ansiedade e depois para a insônia.

Por isso, sempre temos que lembrar de uma frase, que eu arrisco em dizer que é o lema do Aromaterapeuta: “não existe “que óleo é bom para QUÊ?”, e sim “que óleo é bom para QUEM?”.

Quanto buscar informações, há muitos locais seguros. Porém, cito o site da Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia (ABRAROMA) e o Instagram da @casamay.aromaterapia, que também tem site.





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